De acordo com a SECEX/MDIC, as primeiras exportações de carne de frango de 2015 ficaram limitadas a 247.417 toneladas, volume 8,33% e 20,66% menor que os registrados em, respectivamente, janeiro de 2014 e dezembro de 2014. Esse foi, também, o pior resultado registrado pelo setor nos últimos cinco anos. Ou seja: aquém dos embarques de janeiro passado só as 208 mil toneladas de janeiro de 2010.
Os recuos, porém, não ficaram limitados ao volume. O preço médio de US$1.687,81 por tonelada representou queda de 7,11% sobre dezembro de 2014 e de 4,85% sobre janeiro de 2014. O valor registrado correspondeu, também, ao menor resultado alcançado desde outubro de 2010.
Claro que o efeito dessas quedas recai sobre a receita cambial, que retrocedeu mais de 26% sobre o mês anterior e perto de 13% sobre o mesmo mês do ano passado. O valor registrado – US$417,594 milhões – só encontra similar no início de 2010, época em que o setor começava a se recuperar da grande crise enfrentada no ano anterior em consequência da primeira grande débâcle da economia mundial no século XXI.
O fraco resultado de janeiro representa tendência para o restante do ano? Não necessariamente. Naquele já distante (mas várias vezes citado) 2010, os embarques de carne de frango de janeiro também foram fraquíssimos, mal passando de 200 mil toneladas. No entanto, corresponderam a apenas 6% do total embarcado no ano.
Esse índice, aplicado ao que foi embarcado em janeiro passado, projeta para o corrente exercício volume superior a 4,115 milhões de toneladas – só de produto in natura. Portanto, é cedo para desesperar. Mesmo porque os retrocessos de janeiro não ficaram restritos ao frango.
Fonte: Avisite
