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CNC diz que safra de café pode ser menor que estimado pela Conab

O Conselho Nacional do Café disse nesta sexta-feira que safra de café do Brasil em 2015 poderá ser menor do que o estimado esta semana pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), uma vez que as projeções do governo foram feitas em dezembro, antes do período seco de janeiro.

O CNC, entretanto, não divulgou uma projeção própria e disse que contratou a Fundação Procafé para fazer estimativa atualizada da safra, com levantamento ao longo de janeiro.

Na terça-feira, a primeira estimativa da Conab para a nova safra de café projetou uma colheita de 44,11 milhões a 46,61 milhões sacas em 2015, não muito diferente das 45,34 milhões de sacas de 2014, um ano de alta produtividade no ciclo bianual dos cafezais, mas que foi duramente impactado por uma seca em seu início.

Segundo o CNC, a safra de 2015 “poderá se situar em patamares inferiores aos anunciados, haja vista que janeiro e fevereiro são meses fundamentais para o desenvolvimento dos grãos e, semelhante ao ocorrido em 2014, temos vivenciado temperaturas muito elevadas, escassez de chuvas e déficits hídricos no solo, condições que, certamente, trarão novo prejuízo para a produção”.

A própria Conab admitiu nesta semana que será preciso observar o clima em janeiro e fevereiro, mas destacou que boas chuvas registradas em novembro e dezembro foram suficientes para manter os níveis de armazenamento hídrico no solo das regiões produtoras.

A safra do ano passado teve um queda de 7,7 por cento na comparação com a temporada anterior, principalmente por conta da seca nos primeiros meses de 2014.

A meteorologia, porém, indica uma maior ocorrência de chuvas a partir da próxima semana.

O agrometeorologista Marco Antonio dos Santos, da Somar, afirmou nesta sexta-feira que a partir do dia 22 de janeiro há previsão de que uma frente fria possa romper o bloqueio atmosférico que está sobre a região central do Brasil, levando chuvas mais generalizadas a todas as regiões produtoras do Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste.

No Sudeste estão as principais áreas produtoras de café do Brasil.

Nesta sexta-feira, os contratos futuros do café arábica operavam em baixa de mais de 2 por cento, pressionados por um dólar forte ante uma cesta de moedas e com operadores focando nas previsões climáticas de curto prazo do Brasil.

 

Por: Gustavo Bonato e Caroline Stauffer

Fonte: Reuters

 

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