Boa parte das lavouras está na fase de enchimento de grãos.
Em entrevista ao G1, diretor da Aprosoja fala sobre a situação das lavouras. A falta de chuvas regulares tem preocupado produtores de soja de Mato Grosso, principal produtor brasileiro de grãos.
Apesar de a colheita neste estado já ter iniciado, chegando a 2% dos 8,8 milhões de hectares plantados, a maior parcela da soja ainda permanece no campo, em uma das fases que mais necessita de água: a de enchimento de grãos.
“A chuva é essencial para o desenvolvimento e isso define a produtividade da lavoura, o que pode comprometer a estimativa inicial”, afirmou Nery Ribas, diretor técnico da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado (Aprosoja/MT).Relatos feitos à entidade informam chuvas localizadas e pouco distribuídas em praticamente todas as regiões de Mato Grosso. Em alguns pontos, mesmo que isolados, já são registradas perdas.
“Nestes últimos oito dias há uma irregularidade muito grande. Áreas mais arenosas, terras mistas estão sentindo bastante”, disse Ribas, em entrevista ao G1.
O diretor técnico lembrou ainda que a alta temperatura do solo também pode prejudicar o desenvolvimento das plantas.
“Com temperaturas de 38 a 40 graus no ar imagine a no solo. Vai para 70, 80 graus. As plantas têm sentido e demonstrado isso nas suas folhas”, apontou.
Se depender da meteorologia, as previsões para esta semana não devem ser animadoras. O estado deve registrar chuvas fracas ao longo da semana.”Na região Norte, as pancadas podem ter quantidade de chuva acumulada mais alta, já que os temporais são provocados pelo calor e pela umidade que vêm da Amazônia”, afirmou o agrometeorologista Marco Antônio dos Santos, da Somar Meteorologia.
Na temporada 2014/15, o principal produtor brasileiro de soja deve retirar dos campos quase 28 milhões de toneladas, segundo estimativa do setor produtivo.
Por: Leandro J. Nascimento
Fonte: G1 MT
