Economistas de instituições financeiras pioraram pela segunda semana seguida suas projeções para a inflação e o crescimento econômico no ano de 2015, elevando também a perspectiva para a alta dos preços administrados.
De acordo com a pesquisa Focus do Banco Central (BC) divulgada na segunda-feira (12/01), a projeção para a alta do IPCA de 2015 foi elevada a 6,6%, contra 6,5% anteriormente, mantendo-se acima da meta do governo de 4,5%, com margem de 2,0 pontos percentuais para mais ou menos.
Uma fonte de pressão são os preços administrados, cuja projeção para este ano subiu a 8,0%, contra 7,8%.
Para 2016, a projeção de inflação foi mantida em 5,7%, com a inflação dos preços administrados estimada em 6,0%, contra 5,8% antes.
No ano passado o IPCA terminou muito próximo do limite máximo do objetivo, com avanço de 6,4%, o que mantém a pressão para o BC conter a alta dos preços.
Já a estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano caiu a 0,4%, 0,10 ponto percentual a menos do que no levantamento anterior. A expectativa para 2016, entretanto, é melhor, com a projeção de crescimento sendo mantida em 1,8%.
Para a Selic não houve alteração na expectativa de que a taxa básica de juros, atualmente em 11,7%, encerrará este ano a 12,5% e 2016 a 11,5%. A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) acontecerá nos dias 20 e 21/1.
Entretanto, o Top-5 de médio prazo, com as instituições que mais acertam as projeções, passou a ver a Selic a 12,7% ao final de 2015, contra 12,5% na semana anterior.
O BC vem ressaltando que fará o que for necessário para reduzir a inflação, mas reconhece que ela tende a mostrar resistência no curto prazo. Uma fonte de pressão neste ano tende a ser o dólar, cuja projeção no Focus neste ano é de R$2,80, sem alterações.
Por Camila Moreita.
Fonte: Reuters
