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FAO: preços dos alimentos recuam em 2014, exceto os das carnes

Após três meses de estabilidade, o Índice Geral de Preços dos Alimentos da FAO apresentou ligeiro declínio, influenciado pela boa produção agrícola e por estoques recordes. Isto, combinado com o fortalecimento do dólar e a redução nos preços do petróleo, fez com que o índice de dezembro de 2014 apresentasse redução de 1,7% sobre o mês anterior e de 8,5% sobre dezembro de 2013.

As carnes não ficaram imunes a essa redução, pois seus preços médios em dezembro retrocederam quase 2% em relação ao mês anterior. Porém, comparativamente a dezembro de 2013, aumentaram praticamente 10% e – o mais importante – na média de 2014 apresentaram aumento de 8% sobre o ano anterior, enquanto todos os demais itens levantados pela FAO enfrentaram reduções de preço que variaram desde 3,8% (caso do açúcar) até 12,5% (cereais e grãos, o que inclui as matérias-primas para ração). O retrocesso do Índice Geral foi de 3,7%.

Reproduzindo a evolução de três indicadores entre 2000 até 2014, o gráfico abaixo mostra que, no exercício passado, as carnes, os cereais (grãos/matérias-primas) e o Índice Geral voltaram a apresentar valores praticamente idênticos, em torno de 200 pontos (2002/2004 = 100 pontos). E isso quer dizer que seus preços evoluíram na mesma proporção.

Neste caso, as carnes (com aumento de 99% em relação a 20002/2004) tiveram desempenho ligeiramente melhor que o de suas matérias-primas (+92%). Uma situação bem diferente da observada, por exemplo, em 2008, ano em que o preço das carnes apresentou ganho de 60%, menos da metade do ganho obtido pelas matérias-primas, cujos preços foram mais de 130% superiores.

Defasagem muito similar foi enfrentada mais recentemente, em 2011, ano em que as matérias-primas alcançaram preços 141% superiores aos de 2002/2004, enquanto o ganho obtido pelas carnes não foi muito além dos 80%. Foi quando a avicultura, mundialmente, enfrentou sua última grande crise. 

 

Fonte: Avisite

 

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