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Castanha de baru é alternativa brasileira para ceia de Natal

Pernil, chester, panetones, rabanadas, arroz com lentilhas e salpicão são alguns dos itens comuns nas ceias de Natal. Entradas, como nozes e pistaches também estão sempre presentes. Porém, uma castanha do Cerrado está surgindo com força nos últimos anos nas festas de fim de ano. Adicionada em receitas com dozes, salgados e licores, a castanha de baru tem ocupado cada vez mais as mesas natalinas, em substituição a amêndoas importadas. O motivo: além de mais saboroso, o baru é mais barato. 

A Cooperativa Mista de Agricultores Familiares, Extrativistas, Pescadores, Vazanteiros e Guias Turísticos do Cerrado (Coopcerrado) é uma das maiores produtoras de castanha de baru no Brasil. Ela reúne 1,3 mil famílias de agroextrativistas dos estados de Goiás, Minas Gerais e Bahia e nos últimos anos tem aumentado em 40% as vendas do produto no mês de dezembro. 

Segundo o agricultor familiar e o assessor de comercialização da Coopcerrado, Adalberto dos Santos, o alimento tornou-se conhecido nacionalmente. “É um produto gostoso, semelhante ao amendoim, e está tendo uma procura muito grande. Nós comercializamos em várias redes de supermercado e eles estão pedindo cada vez mais”, comemora. 

Adalberto não precisou plantar o baru, as árvores são nativas e estão em toda parte de sua propriedade de 15 hectares, no município de Mineiro de Lassane (MG). Porém, a produção varia ano a ano. “Como qualquer outro fruto típico do Cerrado, o baru também é instável. Houve anos que colhi pouco mais de dois quilos, mas outros que renderam 50, 70 quilos. Então, não é uma ciência exata”, afirma Adalberto. 

Atrativos 

A Coopcerrado comercializa a castanha de baru a R$ 70, o quilo, enquanto o pistache chega a R$ 150, e as nozes a R$ 100. Além do preço, o fruto do Cerrado é muito mais nutritivo. “A castanha do baru é muito rica em proteína, em fibras, em ferro, combate a anemia, ajuda no sistema imunológico, é rica em magnésio – que combate a artrite e a hipertensão, e ainda é fonte de cálcio, que fortalece os ossos”, assegura a especialista brasiliense em nutrição estética, Larissa Santana. 

De acordo com a profissional, a iguaria não deve ser consumida apenas no Natal, já que é uma das estrelas da alimentação saudável e balanceada. “É um alimento saboroso e, por isso, é fácil introduzi-lo no cardápio. E ela é muito rica em ômega-9, inibe a produção excessiva de cortisol, com consequente diminuição do acúmulo de gordura abdominal”, destaca. 

 

Por: João Paulo Biage 

Fonte: Portal do Ministério do Desenvolvimento Agrário

 

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