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Fazenda produz carne de qualidade respeitando o meio ambiente em MS

Há 12 anos, o produtor investe em práticas de preservação ambiental.

Iniciativa atrai empresas interessadas em investir na carne sustentável.

Produzir carne de qualidade por meio de um sistema que respeita e protege o meio ambiente já é a realidade de muitos criadores do Pantanal de Mato Grosso do Sul. A iniciativa atrai empresas que querem investir na carne sustentável.Na propriedade de 3 mil hectares, na região de Aquidauana, Pantanal de Mato Grosso do Sul, João Idelfonso cria gado de corte há mais de 40 anos. Ele faz o ciclo completo de cria, recria e engorda e abate, em média, 300 cabeças por ano, um sistema de produção considerado referência.

Há 12 anos, o produtor investe em diferentes práticas de preservação ambiental e há oito recebeu o certificado de Fazenda Sustentável na Produção de Gado de Corte. Para conseguir esse reconhecimento foi preciso seguir critérios ambientais e também sociais.

Os animais são criados com pastagens sem nenhum tipo de agrotóxico e só no final do ciclo, antes do abate, é que recebem alimentação no cocho. Produtores rurais, pesquisadores e empresários foram conhecer o sistema de produção e uma empresa de alimentos de São Paulo já fechou parcerias com alguns pecuaristas do estado.

O projeto conta com apoio da Associação Brasileira de Pecuária Orgânica, a WWF, ong de proteção ambiental, e a Embrapa Pantanal. Hoje, seis propriedades já estão credenciadas, mas a intenção é aumentar este número.

Para ajudar no credenciamento dos produtores, a Embrapa Pantanal está desenvolvendo um protocolo para avaliação das fazendas com critérios que vão estabelecer o nível de sustentabilidade de cada propriedade.

César Pereira é dono de uma fábrica de linguiça em Campo Grande e foi conhecer um pouco mais sobre o sistema de produção. Ele já começou a fazer alguns testes com o produto e diz que os resultados estão satisfatórios. A ideia é começar a produzir linguiça de carne sustentável ainda esse ano. “Quem degusta percebe que é uma carne que tem um padrão totalmente diferenciado da carne comum”, diz.

Produtor experiente, João sabe bem que os desafios do setor ainda são grandes, mas acredita que esse é o caminho para a pecuária do futuro. “Eu vejo que todo mundo está buscando cada vez mais produtos saudáveis e aqui, eles encontram”.

Atualmente, a empresa compra apenas fêmeas, de até três anos, e os criadores recebem a mais por isso. O valor pago é o mesmo do boi gordo e outros tipos de bonificação devem ser oferecidos.

 

Por: Flávia Galdiole

Fonte: Globo Rural

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