Em Borebi, manifestantes do MST saíram pacificamente.
Donos da propriedade reclamam dos estragos deixados para trás.
A Justiça determinou a reintegração de posse da fazenda invadida por integrantes do Movimento dos Sem-Terra em Borebi, São Paulo. O grupo saiu pacificamente, mas os donos da fazenda dizem que os manifestantes deixaram muitos estragos.
Na portaria, as paredes foram pichadas. Do lado de dentro, muita bagunça, documentos espalhados e muito lixo.
Segundo os administradores da fazenda, os integrantes do movimento levaram várias ferramentas da oficina, as baterias dos tratores e também tiraram os pneus de uma moto. Em outro canto, eles despejaram um monte de lixo no local onde se faz troca de óleo.
Acompanhado do supervisor da propriedade, um oficial de Justiça vistoriou a área. Além dos prejuízos materiais, os trabalhos na fazenda estão parados há dois dias e enquanto os laudos da perícia não forem concluídos, os funcionários não podem retornar.
Esta foi a 14ª invasão à fazenda localizada em Borebi. A propriedade com mais de 2 mil hectares e que emprega cerca de 500 funcionários, pertende ao grupo Cutrale, maior produtor de laranja do país.
Os manifestantes invadiram o local no fim de semana e só desocuparam depois que a Justiça determinou a reintegração de posse.
A coordenadora do MST, Claudete Pereira de Souza, nega todas as acusações. Ela afirma que as pichações são decorações com frases e palavras de ordem do movimento e que enquanto o oficial de Justiça notificava o grupo, ele foi convidado a verificar a situação da fazenda, o que não ocorreu.
Por:Thaís Andrioli
Fonte: Globo Rural
