Verduras fresquinhas, sem agrotóxicos, estão sempre à mão.
Veja como é possível aproveitar pequenos espaços em casa ou no prédio.
Os jardins são bem cuidados, sempre cheios de flores, mas nas quadras residenciais de Brasília, não tem só jardim, não. Ao lado de um prédio, os moradores colhem pimenta dedo-de-moça, couve, coentro, cana e tem até um pé de laranja carregadinho de flores.
A horta caprichada tem uma tela de proteção que evita a entrada de animais domésticos e quem põe as mãos na terra é o cearense Manoel Brito. “Meu gosto vem do Nordeste. Eu sempre trabalhei na roça, sempre mexi com isso”, conta, orgulhoso.
Quem banca as despesas é o condomínio do prédio e os vizinhos. “Eu acho excelente porque é prático. A gente está fazendo uma comida, falta alguma coisa, aqui tem tudo fresquinho e não tem agrotóxico, nem conservantes”, diz Sandra Cota, psicóloga.
“Isso é maravilhoso. A gente está na cidade, é tudo tão difícil, complicado, e achar uma hortaliça dessa tão pertinho de casa é muito bom”, conta a aposentada Eny Aguiar.
A 300 metros de distância, uma outra horta só tem ervas medicinais. São cerca de 60 espécies em apenas 38 metros quadrados. Tem melão-de-são-caetano, guaco, alecrim, malva-do-reino. A “agricultora” é a aposentada Sandra Fayad.
Quem quiser, é só chegar e colher. A água chega até as plantas através de aspersores, o humus é produzido ali mesmo, com restos de alimentos. Mais do que plantar e compartilhar, Sandra está cuidando do meio ambiente. “Quando eu vejo que além do cuidado com as plantas, eu estou permitindo que os animais se reproduzam e se alimentem, não tem nada mais gratificante do que fazer um trabalho desse”, diz.
Além de vizinhos e turistas, Sandra recebe a visita de grupos de alunos do ensino fundamental.
Por: Viviane Novaes
Fonte:Globo Rural
