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Estoque elevado de milho em MT pode manter preços baixos, diz Imea

Mesmo com avanço nas negociações em setembro, demanda recuou.

Estoque final pode chegar a 2,18 milhões de toneladas. O volume de milho disponível durante a entressafra pode fazer com que os preços, que geralmente se elevam neste período, permaneçam mais baixos que em anos anteriores, de acordo com previsão do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Conforme boletim divulgado nesta segunda-feira (13), a oferta do cereal na safra 2013/14 foi até menor que na safra anterior, gerando 17,7 milhões de toneladas mais 176 mil toneladas vindas de estoques iniciais. As negociações do grão também apresentaram avanço de 19,67% em setembro em comparação a agosto, comprometendo 70,92% da produção total de milho da safra 13/14. “O grande responsável por esse salto foram os leilões que aconteceram em Mato Grosso nos meses de agosto e setembro, auxiliando o ritmo de venda do produto”, destacam os analistas do Imea.

No entanto, com relação à demanda, tem-se a expectativa de um recuo de 30% no consumo total comparada à da safra 2012/13, agravada principalmente pelas retrações nas exportações de milho. Devido à demanda enfraquecida no mercado, as exportações do grão apresentaram queda de 15,19% referente ao mês de setembro de 2014.”Assim, com o desaquecimento da demanda mundial pelo milho mato-grossense, devido a uma expectativa de altos volumes de produção dos EUA, os produtores de milho têm algo a mais para se preocupar, visto que o estoque final da safra 13/14 pode chegar a 2,18 milhões de toneladas”, informa o boletim.

Mercado

De acordo com o Imea, o preço médio ponderado de negociações de milho em setembro demonstrou leve valorização, girando em torno de R$ 13,90 por saca.

Os preços internos do milho encerraram a semana de 6 a 10 de outubro com elevação de 2,42%, fechando em R$ 12,00/sc. Devido aos fatores técnicos e às previsões de chuva no período de colheita nos EUA, o contrato para entrega em dezembro de 2014 registrou alta de 5,03% na semana passada. Já a paridade de exportação referente a julho de 2015 teve elevação de 8,77%.

“Essa alta pode ter sido influenciada pela Bolsa de Chicago, que também apresentou valorização na semana”, traz o boletim.

 

Por: Amanda Sampaio

Fonte: G1 – MT

 

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