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No MA, pequenos projetos ajudam a tirar as famílias da pobreza

Globo Rural faz homenagem ao Ano Internacional da Agricultura Familiar.

Projetos feitos para pequenos agricultores surtem efeito no Maranhão.

Francisca Alcinéia achou nos fundos do quintal o que buscou até fora do país. Ela desistiu dos garimpos do Suriname e da Guiana Francesa para tocar uma criação de galinhas e uma horta em Santa Quitéria, no leste do Maranhão.

A ex-garimpeira trocou de atividade e está mudando o próprio destino. O negócio é tocado em parceria com um irmão e a cunhada e a renda no fim do mês, hoje, não traz preocupação.

O Maranhão é um dos estados que mais exportam mão-de-obra em condições semelhantes à escravidão e pequenos projetos tocados no fundo do quintal, estão ajudando a trazer os maranhenses de volta.Desde que se tornou sócio da irmã, Clemílson Silva não precisou mais abandonar a família para ir em busca de trabalho nos canaviais e canteiros de obras no Sul e Sudeste do país, como fazia todos os anos. Foi preciso apenas um financiamento específico para agricultura familiar.

Famílias como a dele são donas de 262 mil estabelecimentos rurais no Maranhão, o equivalente a 91% dos imóveis rurais do estado.

O agrônomo Ivan Cassemiro presta consultoria a agricultores famíliares e faz uma análise: “É bom para todo mundo, para o município, para o país porque o dinheiro começa a ficar no município, aí começa a circular mais impostos, o comércio também fica aquecido”, diz.

O bom momento da agricultura familiar acabou gerando mais informações em uma região onde o cultivo das lavouras sempre foi tocado com base em experiências tradicionais da roça.

Os negócios crescem ao lado de grandes fazendas e lavouras de soja. Com os grandes produtores chegam também os pequenos agricultores, atraídos pelas terras baratas da região do semiárido.

O leste do Maranhão produziu este ano 170 mil toneladas de soja. Seguindo o caminho do agronegócio, a família Sperotto encontrou uma oportunidade.

Jayme e a mulher, Anaelise Sperotto, deixaram o frio do Rio Grande do Sul para explorar uma nova fonte de renda no calor do semiárido maranhense.

Plantações de maxixe foram semeadas ao lado do plantio de bananas, de mamão e de abóbora. “Aqui nós temos produção o ano inteiro, desde que use a água”, diz.

Anaelise usa os conhecimentos que adquiriu em cursos que fez quando ainda morava no Sul para aumentar a renda da família. Ela prepara maxixes em conservas e vende um pote com doze unidades a R$ 5, multiplicando por cinco, os lucros da família. O maxixe in natura é vendido na região por R$ 1 a dúzia. 

Uma vez por semana, o casal Sperotto se junta a dezenas de outras famílias na Feira da Agricultura Familiar na sede do município. Fregueses compram e pagam sem pechinchar e voltam para casa bem mais satisfeitos!

 

Fonte: Globo Rural

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