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Agricultores de GO incrementam a renda compartilhando informações

Globo Rural faz homenagem ao Ano Internacional da Agricultura Familiar.

Cooperativas, associações e até os vizinhos se ajudam mutuamente.

Algumas vacas produzindo leite e muitas galinhas no quintal, um cenário bonito e tranquilo, desejado por muita gente, mas até que ponto é possível ter uma boa renda em poucos hectares de terra? Este é um desafio e tanto para centenas de pequenos agricultores de São Miguel do Passa Quatro, que querem mais do que sobreviver só do que produzem no campo.

Para ganhar dinheiro com o leite, Gilmar Gomes teve de comprar uma ordenhadeira mecânica, exemplo que também foi seguido pela maioria dos 300 pequenos produtores da região com o apoio da Cooperativa de Bela Vista, que atua na região central de Goiás.Para competir com os grandes foi preciso investir em tecnologia. O antigo curral de Gilmar se mistura agora com novos equipamentos, mas a preocupação do criador não é só com o gado dele não, mas também com o gado dos vizinhos.

No sítio de Adão Modesto, Gilmar ajuda o vizinho a inseminar uma das vacas leiteiras. A propriedade há três anos produzia 200 litros de leite e agora, até o final do ano, deve chegar a 800 litros.

A mulher de Adão, Maria Helena Freitas, ajuda a administrar os negócios e mostra a nova sede, bem diferente da antiga. O orgulho da produtora está em uma das 40 vacas, que inseminada, hoje dá 30 litros de leite na segunda cria.

Orientados por veterinários e agrônomos da cooperativa, os pequenos criadores de São Miguel também se organizam em associações para produzir silagem e comprar equipamentos para uso comum, iniciativas que geram economia para todos e aumento de renda das famílias.

No sítio de Paulo Assis, em Aragoiânia, município vizinho, da produção de leite sobrou apenas o curral. Com as dicas técnicas passadas pela Associação dos Criadores de Aves Caipiras de Goiás, ele agora só cria frangos da raça índio gigante para vender para outros produtores da região. Um galo como esse cruzando com uma galinha caipira resulta em  frangos bem maiores para vender nas feiras.

As galinhas de Maria Aparecida Borges estão ganhando mais peso e o tempo de abate delas também  caiu bastante. Não faz muito tempo que Aparecida criava galinhas no sítio apenas para consumo próprio até entender que a ave poderia ser um bom negócio.

Hoje, ela vende pintinhos para outros criadores e os frangos em feiras livres. A galinha caipira já representa 35% de toda renda do sítio. “Nós já passamos isso para outros produtores e já trouxemos outros conhecimentos para cá. Tenho a intenção de ampliar e aumentar a nossa renda”, diz.

 

Fonte: Globo Rural

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