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Projeto utiliza o que a floresta oferece e muda a vida de agricultores de RO

Globo Rural faz homenagem ao Ano Internacional da Agricultura Familiar.

Cooperativa faz sucesso e investe no açaí, nas castanhas e no cupuaçu.

Silvino Stordi é gaúcho e um dos agricultores que compraram terra barata e começaram a investir na lavoura. Ele e paranaenses, capixabas e catarinenses foram à Nova Califórnia, distrito de Porto Velho, no extremo norte de Rondônia, em 1976.  Sofreram muito, até descobrirem que não adiantava plantar arroz e milho, se não tinha como vender. Não havia estradas para escoar a produção e o preço era baixo demais. Em 1989 surgiu a ideia de aproveitar o que a floresta oferecia. A primeira grande aposta foi no cupuaçu, que tomou o lugar das plantações de grãos. Depois veio a castanha, que existia em abundância na mata, e na sequência, o açaí.

A iniciativa rendeu frutos, muitos, e o projeto cresceu. Sem atravessadores, os produtos seguem da roça direto para a fábrica do “Reca”, nome da Cooperativa e Associação de Reflorestamento Econômico, Consorciado, Adensado, onde é feito todo o beneficiamento, o que fez a diferença não só na vida dos 370 associados, mas também da comunidade toda do distrito.

No período da safra, de novembro até julho, só na linha de produção, o Reca emprega 150 pessoas, a maioria filhos de produtores rurais, e beneficia mais de 500 famílias.

Do cupuaçu nada se perde, tudo se tranforma em óleo, manteiga, polpa para sucos e ainda uma infinidade de subprodutos, como doces, geleias e licores. O açaí também tem mercado garantido dentro e fora do estado. O fruto passa pela despolpadeira e depois é congelado para ser vendido. Da semente de andiroba é extraído o óleo, assim como o da castanha e o da copaíba.

A nova aposta agora é no cumaru de cheiro. Da semente é retirada a essência para fazer perfume e os agricultores estão investindo no plantio, que deve dar resultados daqui a sete, oito anos.

A safra 2013/2014 rendeu uma produção de mais de 443 mil toneladas no total, números que vêm crescendo a cada ano e mudando a vida de gente como Estemiro Berger, que já faz parte do projeto há 11 anos.

O trabalho da cooperativa recebeu vários prêmios, como o reconhecimento de Ongs e outras entidades. Hoje ela consegue se manter com recursos próprios e tem a meta de avançar ainda mais.

 

Fonte: Globo Rural

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