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Mundo crescerá menos

A desaceleração da economia brasileira levará a América do Sul a ter o pior resultado comercial do mundo em 2014 e 2015, segundo dados da Organização Mundial do Comércio (OMC), que ontem reduziu a previsão de crescimento global neste ano de 4,7% para 3,1%, devido ao cenário de instabilidade internacional e o recuo da demanda no mundo. Para 2015, a previsão feita em abril, que era de uma expansão do comércio de 5,3%, caiu para apenas 4%.

“As instituições internacionais revisaram suas previsões do PIB após o resultado econômico decepcionante no primeiro semestre do ano”, disse o diretor-geral da OMC, Roberto Azevedo, em comunicado. Segundo ele, o desenvolvimento desigual e a continuidade das tensões geopolíticas continuarão colocando o comércio e a produção em risco neste segundo semestre.

A América do Sul e a Central serão as regiões mais afetadas em 2014 em termos de comércio. A previsão é de um crescimento das exportações de apenas 0,4% em 2014, distante dos 6,6% em 2011. A taxa é a mais baixa entre todos os continentes. Para 2015, a previsão é de crescimento de 3,2%, abaixo da média de todas as regiões. A região apresenta ainda números muito inferiores à média dos países emergentes. Segundo a OMC, a expansão das exportações dos países em desenvolvimento será de 4% em 2014.

O organismo internacional observou que o crescimento e a demanda por importações estão praticamente estagnados, principalmente em regiões exportadoras de recursos naturais, como a América do Sul e Central. A previsão é de que a compra dos países da região caia 0,7% em 2014, devido à combinação de preços fracos de commodities, com exceção de combustíveis, e à redução do crescimento em mercados exportadores asiáticos.

Importância reduzida

O coordenador da área internacional da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), Domingos Mosca, afirmou que os empresários brasileiros não se deram conta de que a Argentina está perdendo a importância como parceiro comercial. Segundo ele, com a grave crise cambial no país vizinho, o governo de Cristina Kirchner passou a pôr entraves às importações, e o Banco Central argentino tem atrasado sistematicamente as remessas de dólar para o pagamento dos exportadores de outros países. De acordo com Mosca, existe um esforço das empresas brasileiras para diversificar o mercado, principalmente para nações com as quais o Brasil tem acordo de preferência tarifária, como Chile, Peru e Colômbia.

 

Fonte:Correio Braziliense

 

 

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