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Agricultores de MT se preparam para plantio de soja na safra de verão

 

Os custos estão maiores.

Preocupação com os preços deixa produtores em alerta.

Os agricultores de Mato Grosso estão se preparando para o plantio da safra de verão da soja. Custos maiores e preocupação com os preços pagos pelo grão fazem parte do cenário da sala e coloca os produtores em alerta.

A plantadeira está em manutenção e o adubo armazenado. O agricultor Adair Rocha, de Campo Verde, sudeste do estado está com tudo pronto para semear mil hectares com soja: “Nós estamos na fase de destruição de soqueiras de algodão safrinha para poder entrar com o plantio de soja e, a partir do final do mês, começo de outubro, a gente inicia o plantio”.

Mais uma vez, as lavouras de soja vão ganhar espaço em Mato Grosso. A área deve crescer pouco mais de 4%, podendo chegar a 8,8 milhões de hectares, um novo recorde, segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). O ritmo do avanço, porém, é mais lento que o das últimas safras. Um dos motivos é o cenário do mercado do grão.

“O custo dos insumos subiu vertiginosamente, porque vivemos nos últimos três, quatro anos preços interessantes e os custos acompanharam o aumento do preço das commodities. Infelizmente, quando as commodities caem vertiginosamente, caem muito rápido e os preços dos insumos não acompanham essa queda na mesma velocidade”, explica Ricardo Tomczyk, presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja).

Os contratos com pagamento e entrega para março do ano que vem estão na casa dos R$ 40, bem abaixo do preço de hoje, que é de R$ 55 a saca. Com esse preço, pouca gente está fechando negócio, segundo o agricultor Carlos Muniz, presidente de uma cooperativa em Campo Verde. São 47 associados que juntos vão plantar quase 40 mil hectares de soja: “Nossas vendas da cooperativa hoje dão em torno de um terço, 33% da produção. Fora isso aí, não temos nada comercializado. Na safra passada, o nosso cooperado já tinha comercializado, nesta época, em torno de 60% a 70 % da produção”.

 

Fonte: Globo Rural

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