Excesso de chuvas atrapalhou os planos de muitos agricultores.
Plantio teve área 2,8% menor em relação ao ciclo passado.
Terminou o plantio do milho safrinha em Mato Grosso do Sul. Este ano, a área cultivada foi menor e um dos motivos foi o atraso na colheita da soja.
O trabalho na Fazenda Santa Paula, em São Gabriel do Oeste, região norte de Mato Grosso do Sul, deveria ter sido concluído no fim de fevereiro, mas o excesso de chuvas atrapalhou os planos do agricultor Jonis Asmann.
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Produtores cautelosos devem reduzir área de plantio do milho safrinha
Andando pela lavoura dá para perceber como a chuva obrigou o produtor a escalonar o plantio. Em uma mesma área é possível encontrar plantas em três estágios de crescimento.
De maneira geral, o milho está se desenvolvendo bem, o que deixa o produtor tranquilo para aproveitar as oportunidades de negociação antecipada.
Nesta safra, o agricultor destinou 2,5 mil hectares para o cultivo do grão. De olho no mercado, decidiu comercializar 60% da produção, como forma de fazer preço médio. O restante só será negociado depois da colheita.
De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produtividade média do milho nas lavouras do estado deve chegar a 5 mil quilos por hectare, o equivalente a 83 sacas. As ofertas no mercado à vista chegaram a R$ 23 a saca de 60 quilos.
Atraído pelos bons preços, o agricultor Sebastião Cruciol Filho também decidiu negociar metade da produção. Ao todo, 30% entraram no custeio de sementes, adubos e fertilizantes e outros 20% foram negociados em contratos futuros com cooperativas da região a um preço médio de R$ 18,50.
Um levantamento feito pela Federação de Agricultura do Estado, revela que 12% da produção foi negociada até agora. Mato Grosso do Sul concluiu o plantio com uma área de 1,420 milhão de hectares, queda de 2,8% em relação ao ciclo passado.
Por: Globo Rural
Fonte: Globo Rural
