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Indústria mineira investe em silos de trigo no Alto Paranaíba e no Paraná para ter ganhos em qualidade

Para escolher e guardar melhor

A necessidade de compra do trigo certo para o processamento correto levou a Vilma Alimentos a investir em silos em Minas Gerais e no Paraná. A fabricante de pães, massas e outros produtos alimentícios vai inaugurar em agosto sua primeira planta de silos em Cambé (PR). A construção já está em fase conclusiva e recebeu investimento de R$ 17 milhões. A montagem mecânica do espaço, que contará inicialmente com seis silos com capacidade total de armazenar 36 mil toneladas, já está praticamente pronta. O vice-presidente de Vendas de Marketing da Vilma, Cezar Tavares, está otimista com relação à ampliação da capacidade já para 2012. “Acreditamos em uma ampliação já para o próximo ano para 100 mil toneladas”, destaca. No total, serão 17 silos.

Mas não foi no Sul do país que a empresa detectou, primeiro, a necessidade de investir em armazenamento diferenciado. Os primeiros dois silos de trigo da Vilma foram construídos em Minas, em São Gotardo, junto ao terreno da Cooperativa Agropecuária do Alto Paranaíba em São Gotardo (Coopadap). O investimento nas duas estruturas (cada uma com capacidade para 7 mil toneladas de grãos) foi de R$ 6 milhões, incluindo a aquisição da área. Segundo o engenheiro-agrônomo responsável pela gerência de silos e armazenagem da Coopadap, Celso Hideto Yamanaka, a safra que começou a ser colhida na semana passada será a segunda direcionada aos silos da empresa. Para ele, a iniciativa é interessante porque, quando há apenas um silo, as variedades do trigo acabam misturadas. O produto, assim, perde valor, na opinião de Cezar Tavares. “Agora, há uma melhor organização”, explica Yamanaka. As variedades mais colhidas na região, de acordo com ele, são a BRS 264 (mais indicada para macarrão) e a BRS 254 (para panificação). “Como faltam silos, inclusive para outras culturas, um armazém a mais é sempre bom para todos os interessados, o que inclui o produtor”, pondera.

QUALIDADE Segundo Cezar Tavares, ao investir em silos, o objetivo é segregar os trigos específicos para moagem de cada produto da Vilma. Assim, ele acredita poder fazer negociações melhores com os produtores e contar também com mais qualidade na sua matéria-prima. “Quando são misturados vários trigos, eles acabam não ficando bons para nada.” Em Minas, a empresa compra de 40% a 50% da produção estadual do grão, que este ano está estimada em 79 mil toneladas. Atualmente, a produção da empresa consome, em média, 200 mil toneladas de trigo por ano. Além do produto mineiro e do Sul do país, a Vilma adquire trigo importado, quando necessário.

No Paraná, além do espaço para armazenamento do trigo, a Vilma firmou parceria com os produtores e cooperativas locais. “Como já comprávamos o trigo dos produtores e cooperativas desta região, a parceria foi aceita por eles com tranquilidade”, afirma Sérgio Macedo, vice-presidente técnico da Vilma.

FÔLEGO MENOR

A nova safra de trigo do Brasil (2011/12) foi estimada em 5,3 milhões de toneladas, queda de cerca de 10% na comparação com a anterior, segundo previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A redução na produção ocorre, em parte, por uma esperada redução de 4,3% no plantio frente à temporada anterior, para 2,05 milhões de hectares.

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