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Análise de Mercado – 11 de Janeiro de 2011

Suíno vivo

O ano que passou foi positivo para a suinocultura em Minas Gerais. Houve crescimento no plantel e os índices de comercialização foram acima do esperado pelos produtores.  No entanto o custo de produção dos animais ainda impacta negativamente no bolso do produtor. "Em 2009 passamos por uma crise financeira mundial e fomos afetadas pelo nome dado, erroneamente, a gripe H1N1. 2010 foi um ano de retomada no crescimento na atividade, o que muito alegrou aos participantes da cadeia" explicou José Arnaldo Cardoso Penna, vice-presidente da Asemg (Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais).

O aumento de renda da população brasileira, a alta expressiva no valor da carne bovina e as ações desenvolvidas pelas entidades representativas do setor através do PNDS (Projeto Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura) influenciaram de forma positiva o crescimento do consumo da carne suína em 2010.  Fator es como esses foram responsáveis pelo crescimento do número de animais comercializados por semana que teve incremento de cerca  de 17% em 2010, saltando de  1.107.154 animais por semana para 1.313.276 animais por semana.

Com um plantel de cerca de 2.622,442 milhões de cevados Minas viu, em 2010, o valor de comercialização de seus animais ser aumentado em aproximadamente 32%,  em relação ao ano de 2009, passando de R$2,75 para R$ 2.97. "O produtor de suínos percebeu o aumento do consumo de seu produto. Nos últimos dois meses frigoríficos especializados trabalharam em suínos praticamente dobraram sua atividade o que garantiu aumento de retorno na produtividade. Frente a este cenário esperamos um ano ainda mais positivo para a atividade" disse João Bosco Martins de Abreu, presidente da Asemg. (Suinocultura Industrial)

Frango vivo

O frango iniciou 2011 apresentando o comportamento típico de todo Ano Novo: redução significativa e absolutamente normal do consumo em relação ao mês de Festas, o que leva os frigoríficos a (também naturalmente) reduzirem o anterior ritmo de abate, o que leva a uma menor demanda da ave viva.

Como resultado – e mesmo a produção permanecendo inalterada, aparentemente sem aumentos – a ave viva agora disponibilizada supera as necessidades e rompe o equilíbrio existente há meses entre oferta e procura.

Daí ter ocorrido, logo na primeira semana do ano, queda de preço do produto nas duas principais praças do Sudeste do País, São Paulo e Minas Gerais. Em ambas a redução foi de cinco centavos, o que significa valores de R$2,05/kg e R$2,15/kg no interior paulista e em Minas Gerais, respectivamente.

A despeito da queda, o preço médio da semana continua correspondendo à média alcançada em dezembro pas sado, ocasião em que o frango obteve o melhor preço nominal de toda a história da moderna avicultura. Mas essa ocorrência é passageira e já nesta semana, independente da alteração da atual cotação, o preço médio do frango vivo deve se tornar negativo em relação ao mês anterior.

Porém, o que mais deve chamar a atenção dos analistas de plantão é a valorização obtida pelo frango vivo em relação a janeiro de 2010: +31,33%. Com certeza, irão ignorar que, há um ano, o produto ficou com um preço médio inferior ao do mesmo mês de 2009. Como irão ignorar que nos últimos 12 meses a principal matéria-prima do setor, o milho, aumentou praticamente 50%.

Quer dizer: o ganho atual, que deve se diluir no decorrer do mês, é absolutamente ilusório. (Avisite)

Ovos

Em se tratando de alimento de alto consumo que teve desempenho apenas regular no mês de Festas, era impossível depositar grandes expectativas sobre o ovo logo no início do Ano Novo. Efetivamente, o produto abriu o exercício já com preço menor que o do fechamento de 2010, além de enfrentar, no decorrer da semana, outras duas baixas.

Em decorrência, o fato de o preço médio da semana inicial de 2011 ter sido 15,30% superior à média de janeiro de 2010 não tem o menor significado. Porque foi insuficiente para neutralizar a redução de 14,97% observada no mesmo mês do ano passado. O que significa dizer, também, que 2011 está sendo iniciado com um preço médio inferior ao de dois anos atrás.

Aliás, essa é apenas meia verdade, porque, efetivamente, os atuais preços são inferiores, até, aos de janeiro de 2008. O que não é tudo, porque o ovo ainda registra, na média, o pior resultado dos últimos cinco anos.

O efeito mai or, claro, cai sobre a capacidade aquisitiva do produtor. Em relação ao milho, por exemplo, ela caiu quase 23% nos últimos 12 meses – isto, a despeito da valorização de 15,30% no preço do produto em relação a janeiro de 2010.

Comparativamente ao salário, há um ganho (apenas aparente) em relação ao ano passado. Mas uma perda bastante significativa em relação a anos anteriores. Em janeiro de 2009, por exemplo, o pagamento de um salário mínimo (R$415,00/mês) necessitava (considerados os valores do atacado paulista) de 11,10 caixas de ovos. Já em janeiro de 2011, o suposto salário de R$540,00/mês vai exigir pelo menos 14,73 caixas de ovos.

Ou seja: o pagamento de um simples salário mínimo exige, no momento, um terço a mais de ovos do que há dois anos. Ou, para quem não tem medo de ir mais longe, 51% a mais que em janeiro de 2008. (Avisite)

Boi gordo

A arroba do Boi Gordo no Estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a segunda-feira cotada a R$ 102,48 com a variação em relação ao dia anterior de 0,42%.  A variação registrada no mês de Janeiro é de -1,19%. (Valor por arroba, descontado o Prazo de Pagamento pela taxa CDI/CETIP).

O valor da arroba em dólar fechou ontem cotado a US$ 61,42, com a variação em relação ao dia anterior de 0,59% e com a variação de -2,37% no acumulado do mês na moeda norte-americana.

Média ponderada de arroba do boi gordo no Estado de São Paulo – base de ponderação é a mesma usada para o Indicador Esalq/BM&F.

Valores a prazo são convertidos para à vista pela taxa NPR.

A referência para contratos futuros da BM&F é o Indicador Esalq/BM&F.

Soja

A saca de 60 kg de soja no estado do Paraná, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a segunda-feira cotada a R$ 49,10. O mercado apresentou uma variação de -0,49% em relação ao dia anterior. O mês de Janeiro apresentou uma variação de 0,04%.

O valor da saca em dólar fechou ontem cotado a US$ 29,16, com a variação em relação ao dia anterior de -0,31%, e com a variação de -1,12% no acumulado do mês.

Físico – saca 60Kg – livre ao produtor

Milho

A saca de 60 kg de milho no estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a segunda-feira cotada a R$ 28,97 a saca. O mercado apresentou uma variação de 0,92% em relação ao dia anterior e de 2,47% no acumulado do mês de Janeiro.

O valor da saca em dólar fechou ontem em US$ 17,2, com uma variação de 1,1% em relação ao dia anterior, e com a variação de 1,25% no acumulado do mês.

O Indicador Esalq/BM&F à vista, que tem como base Campinas-SP, distingue-se da média regional de Campinas porque utiliza o CDI como taxa de desconto dos valores a prazo. No mercado físico (média regional Campinas), porém, a taxa mais usual é a NPR. Já os valores a prazo são iguais.

Físico – saca 60Kg – livre ao produtor

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