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Confinamento diminui motivado pela alta do boi magro

Criadores de gado diminuíram, este ano, o número de animais nos confinamentos. A alta do preço do boi magro motivou a decisão

O criador Cláudio Consonni é pecuarista em Patos de Minas, na região do Alto Paranaíba. No início de junho ele se planejou para mandar animais para o confinamento. Cauteloso por conta do que aconteceu no ano passado, quando perdeu dinheiro com o confinamento, ele preferiu segurar os investimentos e confinar menos animais este ano. Até agora, só mandou 250 bois. Foi feita uma redução de 50%.

"A reposição está muito cara. O custo de alimentação abaixou um pouco em decorrência das commodities milho e soja, mas ainda tem o preço de sal, ureia, combustível e mão de obra. A diária do boi abaixou um pouco em relação ao que abaixo soja e milho. Continua um pouco alto", justificou Consonni.

Essa diminuição na quantidade de bois confinados que o pecuarista fez segue uma tendência nacional. Em julho, o número de bois confinados no Brasil caiu 9% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo a Associação Nacional dos Confinadores. O preço do gado de reposição é o principal motivo da redução. De um ano para cá o boi magro teve uma valorização de 8% em Minas Gerais.

O frigorífico em Araguari tem confinamento próprio. Até agora, teve uma queda no número de animais confinados de 58 mil para 55 mil. Essa redução também é reflexo do ano passado.

"Nós tivemos no ano passado, no primeiro semestre, um boi magro caro e ração muito cara. E no segundo semestre um preço de arroba baixo. Então, o produtor não procurou os confinamentos e não colocou no primeiro turno do confinamento a quantidade de bois desejada para 2010", explicou Hércio de Souza, diretor do frigorífico.

Como o preço do boi gordo está subindo, quem planeja mandar novo lote para o confinamento está com outro ânimo para investir. "O cenário está mudando muito a partir de julho. Há uma tendência de arroba mais alta a partir de agosto, sinalizando preços bem melhores. Então, tem uma procura grande para parcerias e uma maior oferta de boi magro para confinamento", completou Souza.

Fonte: Globo Rural

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