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Como vai a cura de umbigo das bezerras recém-nascidas em sua propriedade?

Durante a vida fetal o cordão umbilical é a via de comunicação do feto com a mãe. Ele é formado por várias estruturas com funções vitais à sobrevivência e desenvolvimento do feto: são duas artérias umbilicais, que trazem sangue com substâncias como nutrientes, por exemplo, para o feto; há uma veia umbilical, que se liga ao fígado, levando sangue com resíduos tóxicos do metabolismo do bezerro; e há o úraco, que tem ligação com a bexiga e realiza a excreção urinária do feto.

No momento do parto estas estruturas sofrem um rompimento e alterações anatômicas, ocorrendo involução e cicatrização e essas estruturas perdem suas funções. No entanto, este processo é gradual, decorrendo algum tempo para que ele se complete. E enquanto não ocorre a atrofia total das estruturas umbilicais, estas, que durante a gestação eram uma via de ligação do feto à mãe, agora estão expostas ao meio ambiente e se configuram como uma porta para a entrada de microrganismos. Estes, por sua vez, podem ser extremamente prejudiciais à saúde do bezerro, causando infecções umbilicais (onfalites).

A desinfecção do umbigo entra neste momento como um fator primordial à garantia de saúde do bezerro. É através de uma adequada cura de umbigo que conseguimos acelerar o processo de desidratação do coto umbilical e fechar a porta de entrada aos microrganismos presentes no meio ambiente. Se o umbigo não for bem curado pode impedir a cicatrização e aumentar os riscos de doenças, gerando prejuízos como diminuição do ganho de peso e de crescimento; gasto com medicamento, mão de obra e óbitos. Em função desses fatores, a cura de umbigo é um procedimento de grande importância na criação de bezerras e, infelizmente, muitos produtores ainda não dão o devido valor a essa prática de manejo.

Como realizar a cura de umbigo:

A cura de umbigo adequada visa secar o coto umbilical de forma a não atrair moscas e a fechar a porta de entrada a microrganismos ao corpo inteiro do animal. A cura de umbigo deve ser realizada imediatamente após nascimento, aktiivsusega com tintura de iodo a 10%. Ela deve ser repetida por 3 dias consecutivos e, se possível, deve ser feita mais de uma vez ao dia. Deve-se realizar a imersão completa de toda a estrutura umbilical na tintura de iodo. Para isso é mais interessante utilizar recipientes de boca larga e de profundidade adequada. Deve-se cortar o umbigo, apenas se ele estiver muito grande e haja o risco de o bezerro pisar e romper o mesmo. Deve-se amarrar o coto umbilical somente em caso de hemorragia intensa.

Um frasco que pode ser utilizado para a desinfecção do umbigo é o utilizado para pré e pós dipping de tetos na ordenha (não é para utilizar a solução de iodo para pré e pós dipping, só o pote). Ele tem boca larga, boa profundidade e há aqueles sem retorno, ideais para evitar que o iodo já utilizado contamine o restante do iodo, prejudicando sua ação, já que o iodo perde sua ação quando em contato com matéria orgânica/sujeira.

 

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Sugestão de frasco que pode ser utilizado para cura de umbigo

Um bom manejo do neonato, se realizado periodicamente na propriedade, reduzirá a ocorrência das infecções umbilicais e, consequentemente, o risco de doenças e de ocorrência de sequelas destas enfermidades na vida produtiva dos animais.

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